sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Imagem retirada do livro "Era uma vez ESOPO" recontado por Katia Canton. Gabriel Veiga Jardim ilustra a fábula O Corvo e a Raposa, ultilizando pintura digital e fatomontagem.

Imagem retirada do livro "Era uma vez ESOPO" recontado por Katia Canton. A fábula A Tartaruga e a Lebre é ilustrada pelo artista plástico Gabriel Veiga Jardim.

Imagem retirada do livro "Era uma vez ESOPO" recontado por Katia Canton. Debora Muszkat ilustra a fábula O Cavalo e o Asno, ultilizando cristal pigmentado.

Imagem retirada do livro "Era uma vez ESOPO" recontado por Katia Canton. Debora Muszkat ilustra a fábula Os Filhotes da Macaca ultilizando cristal pigmentado.

Imagem retirada do livro "Era uma vez ESOPO" recontado por Katia Canton. Debora Muszkat ilustra a fábula A Cigarra e a Formiga ultilizando cristal pigmentado.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fábula "O Avarento"

O Avarento
Um homem era tão avarento que resolveu vender tudo o que tinha e transformar numa barra de ouro. Assim, não havia risco de gastar, pensava ele. Seu tesouro ficaria seguro. Enterrou a barra de ouro num certo lugar e  respirou aliviado. Encantado, todos os dias ia ao local, desenterrava a barra de ouro e ficava horas admirando o seu tesouro. Depois, enterrava-a novamente e ia embora.
Mas, certo dia, um de seus empregados o seguiu e viu toda a cena. Tão logo a avarento foi embora, o empregado desenterrou a barra e fugiu. No dia seguinte, o avarento encontrou o local
Vazio. Desesperou-se. Chorou, berrou, até arrancou os cabelos. Depois de ouvir a história, uma pessoa lhe falou:
-          Não adianta se desesperar assim. Na verdade, mesmo quando o senhor tinha aquele ouro, não tinha nada porque nada fazia com ele.    Agora, pegue uma pedra, enterre-a no mesmo lugar, como se fosse a barra de ouro, e tudo dará no mesmo.

A fábula mostra que de nada vale a riqueza quando ela não tem utilidade.

Fábula "O Pavão queixando-se a Juno"


O Pavão Queixando-se a Juno

Queixava-se a Juno um pavão:
“Deusa, dizia ele, é com toda razão
Que estou queixoso e murmurante:
O meu canto, que é vosso dom,
Desagrada a toda a natura;
Enquanto o rouxinol, ínfima criatura,
Forma um som tão suave e brilhante,
Sendo, por si, honra da primavera.
Juno lhe respondeu severa:
“Ave invejosa, é bom ficar calada,
Cabe a ti cobiçar a voz do rouxinol?
Tu que se vê trazer em torno de teu colo
Um arco-íris assim, com todos os cambiantes;
Que te exibes, e que levantas
Uma cauda tão rica, e que os olhos encantas
Como a loja de um lapidário?
Algum pássaro existe sob o sol
Mais do que tu extraordinário?
Cada animal não tem todas as propriedades.
E nós demos a vós diversas qualidades:
Uns têm o grande porte e a força é seu quinhão;
O falcão é ligeiro, a águia tem bravura
o corvo serve a predição,
A gralha avisa sempre a desgraça futura;
Muitos no canto têm vantagem.
Pára de te queixar, ou, como punição,
Eu vou tirar tua plumagem.”